quarta-feira, 2 de março de 2011

O que é Arte Naíf?
A Arte Naïf é tipicamente brasileira e está fortemente vinculada à arte popular nacional, mas ainda não é devidamente valorizada internamente. Cabe lembrar que se convencionou chamar arte primitiva a que é produzida por artistas não-eruditos, a partir de temas populares geralmente inspirados no meio rural. Já quando o tema é urbano, costuma-se utilizar o termo naïve ("ingênuo", em francês),que ganha especial relevância entre artistas franceses e haitianos para designar os pintores que rejeitam as regras convencionais da pintura ou não tiveram acesso a elas.

Como não é pintura acadêmica, não se estuda, mas se sente. Marcada por imagens do cotidiano e pela pureza de traços, cores e formas, a arte naïf espalha-se por França, Haiti, Iugoslávia, Itália e Brasil, mantendo um mercado bem específico.
Os dois estilos, porém, têm em comum as cores vivas e uma imaginação, estilização e poder de síntese levados para a tela com uma técnica aparentemente rudimentar. Em linhas gerais, pode-se dizer que a arte naïf brota do inconsciente coletivo, mantém-se em constante renovação e se deixa penetrar por influências eruditas, embora conserve sua natureza própria. Sabedoria e sonho se irmanam em obras difíceis de definir sob uma única catalogação.


O psicanalista Carl Jung chegou a afirmar que "Os pintores naïfs representam os últimos ecos da alma coletiva em vias de desaparecimento". O colecionador Lucien Finkelstein concorda: "Afirmo com plena convicção que, fora de nossas fronteiras, os pintores naïfs do Brasil são autênticos porta-bandeiras da pintura brasileira de todas as tendências e de todas as épocas".
O primeiro a receber a denominação de arte naïf foi o pintor francês Henri Rousseau, na segunda metade do século XIX. O autor do batismo foi o escritor Alfred Jarry, que se fascinou com a obra daquele alfandegário autodidata, capaz de criar imagens fantásticas como "A cigana adormecida".
A partir daí, o termo foi usado para designar os artistas que não cursaram Escolas de Belas Artes e não se filiam a nenhum dos movimentos consagrados na história da arte, como impressionismo, surrealismo ou expressionismo. A denominação foi consagrada pela crítica e naïfs podem ser encontrados em todo o mundo, principalmente em países do Leste Europeu, como Iugoslávia, Hungria e Eslováquia, Haiti, França, EUA, Brasil, Argentina, Espanha e Portugal.
Fonte: www.clovisjr.com.br

Arte Naif
É a arte da espontaneidade, da criatividade autêntica, do fazer artístico sem escola nem orientação. O artista experimenta uma arte instintiva pela qual expande seu universo particular.
Art Naïf ou arte ingênua é o estilo ao qual pertence a pintura de artistas sem formação sistemática. Trata-se de um tipo de expressão que não se enquadra nos moldes acadêmicos, nem nas tendências modernistas, tampouco no conceito de arte popular.
Esse isolamento situa a Art Naïf numa faixa próxima à da arte infantil, da arte do doente mental e da arte primitiva sem que, no entanto, se confunda com elas.
Assim, o artista naïf é marcadamente individualista em suas manifestações mais puras, muito embora seja quase sempre possível descobrir-lhe a fonte de inspiração na iconografia popular das ilustrações dos velhos livros, das folhinhas suburbanas ou das imagens de santos. Portanto, não se trata de uma criação totalmente subjetiva, sem nenhuma referência cultural.
O artista naïf não se preocupa em preservar as proporções naturais nem os dados anatômicos corretos das figuras que representa.
Características gerais
• Composição plana e bidimensional
• Tende à simetria; e a linha é sempre figurativa
• Não existe perspectiva geométrica linear
• Pinceladas contidas com muitas cores
Fonte: www.acrilex.com.br

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